sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sexualidade

    Hoje, como em quase todos os dias, cheguei atrasada às aulas. A minha primeira aula da manhã foi de Ciências Naturais. Assim que cheguei à sala dei de caras com uma enfermeira que veio à nossa escola para nos falar sobre a sexualidade... A primeira coisa que ela disse foi: "Todos sabem o que é a sexualidade, certo?" Toda a turma respondeu que sim. Em seguida, a enfermeira Rosa disse: "Se todos sabem, alguém me consegue dar uma definição de sexualidade?" Ninguém se manifestou... Então, ela escreveu a palavra sexualidade no quadro, e perguntou palavras relacionadas com ela. Um dos meus colegas disse logo o sexo e, em seguida, disse amor. Então, ela perguntou: "Porque é que referiste o amor?" Ele respondeu: "Porque normalmente, quando existe sexo existe amor, mas não é preciso amor para haver sexo." Ela concordou. A palavra seguinte foi órgãos sexuais, mas isso não é preciso explicar porquê (acho eu!). Em seguida, alguém referiu a palavra prazer. E ela disse: "Ok, prazer. Para ti o que é o prazer?" O meu colega respondeu: "Então... para mim prazer é sentirmo-nos bem a fazer qualquer coisa, é sentirmo-nos satisfeitos". Ela disse: "Ah, então já temos outra palavra... satisfação." (Nesta altura ela falou muito sobre a nossa vida desde que somos bebés até à adolescência e referiu várias situações em que provou que os nossos motivos para nos sentirmos satisfeitos mudam durante toda a nossa vida, mas que ela existe a partir do momento em que nascemos. Por exemplo: Um bebé, quando quer comer, chora. É a sua maneira de avisar a mãe que precisa de qualquer coisa naquele momento para se sentir satisfeito). Em seguida, alguém referiu a palavra relações. A enfermeira Rosa disse: "Relações, muito bem! Mas existem vários tipos de relações, não existem?" E vários elementos da turma começaram a referi-las: Relações amorosas, Relações de amizade, relações fraternas, relações com os pais, relações sexuais... A palavra seguinte foi gravidez e falámos um pouco sobre um caso de uma colega nossa que engravidou com 14 anos, mas isso agora não interessa. A última palavra foram as DST - Doenças Sexualmente Transmissíveis (e, mais uma vez, acho que não é preciso explicá-las). Depois das palavras todas explicadas, a enfermeira Rosa perguntou: "E vocês não acham que tuuuuuudo isto faz parte da sexualidade?" Toda a turma parou e reflectiu... Passados uns longos 6 segundos, todos começaram a dizer que sim. Pouco depois ela disse: "A OMS (Organização Mundial de Saúde) define a sexualidade como uma força, pois,  é mais que sexo, é mais que um sentimento, é um conjunto de variadíssimas coisas que no final formam a sexualidade." Todos concordaram.

   
    Para mim, a sexualidade é algo extremamente complexo e extremamente difícil de explicar, mas, com algum esforço e paciência, não é impossível. Mesmo assim, a sexualidade não se resume a isto e, se pensarmos bem, há sempre alguma coisa que nos falhou e que se pode integrar na sexualidade.

P.S. Eu sei que o Post está enoooorme e que parece muuito chato, mas acho que deviam ler, pois é extremamente importante e interessante.

4 comentários:

  1. A enfermeira Rosa é um amor e amo o sotaque alentejano dela. Quando deu a minha aula, toda a gente disse montes de palavras, e ela perguntou e bla blá se não sabiam mais nenhuma, até que eu disse ''amor''. ela achou querido da minha parte, i dunno why lawl

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  2. ahahah, ela é uma porreiraça do caraças! *-*

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  3. Eu acho que estas aulas sobre sexualidade são importantíssimas. E também acho muito bem o facto de ser uma enfermeira a falar sobre estes assuntos. Sim senhor. :)

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